Meia noite e o velho senta-se sobre a poutrona na varanda.
O velho dorme, o cão vigia o velho sentado ao seu lado
O velho morre,
o cão vela o velho de mesmo modo.
Do mesmo jeito.
O cão há dias permanece sentado,
Quase estático
Quase sem vida
Até que levam o morto
E depois que levam, ainda senta-se ao lado
da poltrona vazia.
Alarmado pelos fazeres!
Depois que retiram o corpo
Do mesmo jeito!
Do mesmo modo!
Não notam a solidão do cachorro.

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