quarta-feira, 2 de março de 2011

A Arte de Amar



A Arte de Amar

Se eu naõ amar ninguém até morrer
ainda ei de falar aos ouvidos por quem desejaria viver
que era ela a vida que perdi

eu sou capaz de adornecer com inumeros desejos
mas não conseguirei partir com tantos
posso até estes poucos buscados não conseguilos
mas afirmarei te-los visto em quem amava
ainda que não seja retribuido

ainda que nunca tenha eu darei
e ainda que me recuse a lembrar que não tive
não vou me esquecer
das inumeras vezes que amei

e ainda que tudo passe e nada fique
e que todas me esqueçam felizes ou infelizes
pensarei solitariamente
que teriam sido comigo mais contentes...

...só pra não sentir-me tão triste

E ainda que eu pense amar e não ame
e viva
numa pura compulsividade de descobri-las
e na insatisfaçãode telas conquistadas
por ser sensivel a uma mulher quando a tive, se tive?

E quando a ter,
se a tiver,
caberá todo meu  coração no outro ser em que me atracar
e sem racionalizar o amor
na arte de me perder hei de o seguir...

Mas se nunca eu aprender a arte de amar
e nem se quer descubra como é viver o amor perfeito
estarei pronto para vive-lo
assim mesmo...
nos braços de quem o tenha aprendido.

2 comentários:

Maria Helena Sleutjes disse...

Olá, querido poeta! Esta é uma difícil aprendizagem que começa com o grande amor que devemos ter primeiro por nós. Depois, é só distribuir um pouquinho aqui, um pouquinho ali, mas guardar a maior parte para nós mesmos, para não nos machucarmos muito. Grande abraço para você e muito sucesso.

Regiane Litzkow, disse...

Você me toca sempre, sempre. Suas palavras nunca passam por mim sem aquele brando arrepio ou sorriso solitário de consternação.