sábado, 16 de outubro de 2010

As Corujas nos Convidam


As Corujas nos Convidam

Pela aspereza de minha face
corto os dedos enquanto passeio a mão no rosto
quando sorrio torto,
enquando amarro os lábios no bocejo

Para ver meus olhos
binóculo
precisaria...


Mas para ver a alma precisaria
de alma fria,
dissecar defuntos
afinal no absurdo do meu corpo esta a artéria
nupcial do libido


Mas tudo isso,
cinema,
agora,
futuro....

Te epero la na porta!


Há muito tempo a luz da alma
na ultima poltrona
meu coraçãozinho brilha.

Me abraça,
ferida estanca,
essa luzinha abafada
me esquenta,
suas entranhas sinto,
e a alegria
de não ser mais expulso do recinto.



2 comentários:

Anônimo disse...

Joey, podemos conversar sobre esse poema?
Um abraço,Ana

Ana Miranda disse...

Rogério, belíssimo o seu poema!!!
Profundo.
Parabéns!!!