Tudo que é real evoca uma metáfora do abstrato
sentimental
que há em mim.
Sutilmente buscando o magnífico
sem recursos estilísticos
mastigo o óbvio abandonado
Calado percebo que o que é belo
é também mesquinho
Dou a vida na investida solitária
de reaproveitar o lixo
de um intelecto sem recursos
de lapidar o bruto estado da loucura
Chego então uma sanidade tão expressivamente linda
que se passa tão perfeita
que me desapropria ao me orgulhar
Descubro assim que eu não crio nada
apenas encontro palavras desoladas
que se mantém ocultas
E por não parecerem valiosas
Passam despercebidas ao nosso olhar.
19/12/10
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