Anoitecendo...
Caravelas de vidro no horizonte eu sigo desaparecidas.
As pestanas são feitas de estrelas eternas e um pouco de lua
As sobrancelhas são poeiras cósmicas
Eu puxo a noite como as persianas
Jogo a âncora no meio dos seus lábios
Os icebergs trincam
Alguém da família me puxa e me adverte
como se eu não conhecesse onde navego
como se eu não merecesse o último beijo
Não se deve nunca beijar os mortos!
Retiro uma arma do bolso e disparo sobre o corpo
Oito tiros...
Com lágrimas correndo aos olhos olho para todo povo
E grito:
__Que diferença faria ter lhe dado apenas um beijo!
16/08/2010 22:50
Nenhum comentário:
Postar um comentário